segunda-feira, 20 de junho de 2011

Bivaque - Avaliação de distâncias

As distâncias podem ser avaliadas pelo som, pelo número de passos dados a percorrê-las, por cálculo visual, pelo tempo gasto, pela estádia, etc.

· Pelo som

O som propaga-se na atmosfera em ondas que se deslocam a uma velocidade de cerca 340 metros por segundo. Assim, ouvindo-se determinado ruído e tendo sido visível a sua causa, basta contar o tempo que medeia entre a sua produção e a sua chegada aos nossos ouvidos e multiplicá-lo por 340. Ter-se-á achado a distância em metros a que nos encontramos do ponto onde foi produzido o som. Se o som demorar, por exemplo, 3 segundos, estaremos a 1020 metros do ponto onde se deu o fragor, pois 3X340 é igual a 1020.

· Pelo passo

Este meio de avaliar distâncias é utilíssimo. Contudo, para obter resultados quanto possível mais rigorosos, deve-se marcar no chão a distância exacta de 100 metros e depois observar quantos passos, em marcha normal, são necessários para cobrir esse espaço. Se, por exemplo, forem precisos 166 passos para andar essa distância, o passo dessa pessoa medirá 60 centímetros, pois é este o cociente de 100m por 166.

Assim, basta multiplicar 0,6 pelo número de passos dados, para se saber a extensão da distância percorrida.

· Pelo tempo gasto

Em passo normal, percorre-se 1 quilómetro em 10 minutos. Assim, para se calcular o comprimento do espaço percorrido, basta dividir o número de minutos gastos a atravessá-lo por 10 e teremos o número de quilómetros transpostos.

· Pela estádia

A estádia é um pedaço de cartão ou folha rectangular, onde se recortou um triângulo. Está baseada na redução de proporções com que os objectos se nos apresentam quando vistos à distância. A estádia pode ser construída pelo próprio escoteiro e é graduada da seguinte maneira:

Coloca-se um escoteiro com uma vara nas mãos, a uma distância de 100 metros. O escoteiro segura a vara horizontalmente acima da cabeça, e nós observamos, com os braços estendidos, através da janela triangular da estádia, quando os dois extremos da vara "tocam" os lados do triângulo (não

esquecer que o cartão da estádia deve estar colocado ao alto). Nessa altura marca-se 100 metros no ponto da estádia onde tocam os extremos da vara. E está regulado este instrumento para os 100 metros. Para as outras distâncias, procede-se de forma idêntica, colocando-se o escoteiro à distância respectiva.

O uso da estádia é simples: Quer-se saber qual o afastamento entre os pontos A e B. O observador coloca-se em A e um outro escoteiro vai postar-se no ponto B e levanta a sua vara acima da cabeça. O observador procede então da mesma maneira que quando graduou a estádia e depois no ponto indicado, em vez de marcar a distância, verá quantos metros apresenta a escala.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

material a levar pela patrulha cisne

Margarida:
  • 1 pacote de polpa de tomate grande
  • 1 pacote de arroz
  • 2 rolos de sizal
  • sacos de lixo
  • 5 pacotes de leite com chocolate
Marta S. :
  • 4 pacotes de cereais
  • 5 pacotes de bolachas de água e sal
  • bolsa de campo
  • candeeiro
  • 10 pacotes de leite pequenos
  • 5 postas pequenas de peixe para cozer
  • cantina
  • 1 pacote de arroz
  • 15 batatas pequenas

Marta C. :
  • 10 pacotes pequenos de leite
  • 5 latas de cavala
  • campingás
  • botija
  • bico

Elisa :
  • 1 pacote de alface
  • 6 latas de atum
  • 2 tomates
  • 15 almôndegas
  • pano de tenda

Vai ser o melhor acampamento de sempre.

domingo, 12 de junho de 2011

Aventura 3º trimestre

Nos dias 17, 18 e 19 deste mês vamos para um pequeno pinhal na Terrugem, que nos foi amigavelmente cedido por um agrupamento do CNE, para fazermos a nossa Aventura trimestral e aproveitar para treinar técnicas de campo. Para os que vão ao ACNAC é a vossa oportunidade de aprenderem o que vos será pedido na fantástica semana que vão passar no Caramulo.

Partida: 17/06 às 18.00 na estação de comboios de Entrecampos
Chegada: 19/06 às 19.40 na estação de comboios de Entrecampos
Custo da Actividade: 4€

Todos os Escoteiros da Tribo já devem ser capazes de saber o que devem levar para campo e preparar a sua própria mochila pelo que não será divulgada lista de material individual.

Para os que não estiveram na reunião de sábado dia 11 devem ligar para os respectivos Guias de Patrulha para saber que material e comida é que ficaram de levar. A alimentação está à inteira responsabilidade das patrulhas, o esquecimento de algum ingrediente por parte de um elemento da patrulha terá influencia na alimentação de toda patrulha. O mesmo se aplica ao esquecimento de material da patrulha.

Bivaque - Saudação Escotista

A saudação escotista consiste em erguer o braço direito, colocando o cotovelo perto do corpo e a respectiva mão à altura do rosto.

Com a respectiva mão, manter esticados os dedos indicador, médio e anelar, formando um “III”.
O dedo mindinho dobra sobre a palma da mão e o dedo polegar encosta ao mesmo, por cima.
Os três dedos esticados simbolizam os três artigos do Compromisso de Honra e o anel formado por mindinho e polegar, a fraternidade escotista e a máxima “o mais forte ajuda o mais fraco”.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Blog do ACNAC para a Tribo de Escoteiros


Bivaque - Insignia Associativa

  • As Pétalas Superiores – recordam os três artigos do nosso Compromisso de Honra.
  • A Linha Vertical Sobre a Pétala Central – simboliza o Norte, o rumo certo, o bom caminho que deve orientar a tua vida.
  • As Estrelas nas Pétalas Laterais – chamam a tua atenção para a via luminosa que podes percorrer através da Instrução e do Trabalho.
  • O Escudo e as Quinas – indica que pertences à Associação de Escoteiros de Portugal. É a marca Nacional da insígnia.
  • O Travessão de União das Pétalas – significa a fraternidade escotista mundial à qual pertences desde o teu Compromisso de Honra.
  • O Listel “Sempre Pronto” – é a nossa Divisa. Deves estar sempre preparado para o que for necessário. O Nó de Remate no Listel – é o nó da Boa Acção. Chama a atenção para a prática diária da Boa Acção.

Bivaque - Aperto de mão Escotista

Nunca te perguntaste porque é que nós apertamos a mão quando encontramos alguém? Oferecer a alguém a nossa mão aberta é um gesto de amizade, porque mostra que a nossa mão está livre de armas ou de más intenções. Mas os Escoteiros, ao contrário do resto da sociedade, cumprimentam-se com a mão esquerda. Porquê?

Baden-Powell introduziu no escotismo o cumprimento com a mão esquerda, devido a um costume que teve oportunidade de observar numa das tribos guerreiras mais valorosas da África do Sul, os Zulus.

Os guerreiros, que usavam lança e escudo, apertavam, para se saudarem, a mão esquerda, como sinal de grande confiança. Qual o motivo? Os guerreiros poisavam o escudo, que lhes protegia o corpo, mas assim podiam cunprimentar-se sem largar a lança, que era a sua única defesa no meio hostil em que viviam. Além disso, os guerreiros consideravam muito leal a mão esquerda, por ser a do lado do coração. Os escoteiros, apertam a mão esquerda para mostrar confiança uns nos outros. Conhecido a nível mundial, todos os escoteiros se cumprimentam da mesma forma.


Uma forte canhota para todos.

Bivaque - A vida de Baden-Powell e a fundação do Escotismo

Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, o Fundador do nosso movimento, conhecido pelos escoteiros mundialmente por B.-P., nasceu em Londres a 22 de Fevereiro de 1857.

Perdeu o pai era ainda muito novo, mas apesar das dificuldades de sua mãe em sustentar a família, ele e os irmãos levaram uma juventude divertida, vivendo intensamente a vida ao ar livre em acampamentos e excursões pelos bosques de Inglaterra.

Baden-Powell foi um aluno normal, muito participativo, tomando sempre parte activa em tudo quanto se passava nas horas de recreio, tornando-se até um excelente guarda-redes do grupo de futebol da escola de Cartuxa.

Também no teatro demonstrou talento e, sempre que entrava num espectáculo, fazia rebentar de riso toda a escola, imitando com muita graça os diversos professores.

Os seus dotes artísticos manifestaram-se igualmente na música e no desenho, pois sabia tocar alguns instrumentos e tornou-se bom ilustrador, arte que aplicou mais tarde nos livros e em artigos que escreveu e que hoje se vêem a cada passo nas sedes dos Grupos de escoteiros e nos livros e em jornais escotistas.

Terminados os estudos, Baden-Powell ingressa no exército, carreira onde se tornou um bravo e famoso soldado, pois ainda muito novo atingiu o posto de general, o que não era vulgar.

Prestou então serviços na Índia e na África e, naquelas distantes paragens, atravessou florestas, rios, montanhas e desertos, conviveu imenso com as populações nativas, aprendendo inúmeros segredos da vida ao ar livre, tornando-se hábil explorador, cavaleiro, desportista e caçador.

Foi no ano de 1889 que B.-P. atingiu a glória e a fama, pois defendeu durante vários meses, a cidade de Mafeking, na África do Sul, durante a guerra anglo - boer.

Com o decorrer do cerco, B.-P. observou de perto as capacidades dos rapazes pois estes, enquanto o reduzido número de adultos combatia, desempenhavam, na perfeição, pequenas tarefas, algumas delas até muito importantes.

A vida de B.-P. foi sempre uma constante aventura e ele encarou-a com muito optimismo, procurando constantemente o lado melhor das coisas.

Baden -Powell em 1908

Quando regressou a Inglaterra B.-P. teve conhecimento que o seu livro sobre exploração, destinado ao exército, estava a ser lido com muito entusiasmo pelos rapazes e viu nisso uma oportunidade para fazer algo em prol da juventude do seu país.

No verão de 1907, B.-P. realizou aquele que viria a ser considerado o primeiro acampamento escotista do mundo, realizado na ilha de Brownsea na costa inglesa, e onde B.-P. pôs em prática e testou a aceitação das suas ideias sobre a vida ao ar livre, e a vida em patrulhas.

Tal foi o sucesso desse acampamento que levou B.-P. a escrever o livro «Escotismo para Rapazes» onde contava os mistérios e as aventuras da vida ao ar livre, e as suas ideias sobre o Escotismo. Este livro foi inicialmente publicado em fascículos em 1908.

Tal entusiasmo gerou o livro de B.-P. que deu origem ao Movimento Escotista, com o surgimento de patrulhas de escoteiros por todo a Inglaterra.

O Escotismo não se confinou à Inglaterra começando-se a alastrar primeiros pelos países vizinhos e mais tarde por todo o mundo, tendo chegado a Portugal, em terras de Macau, pelo ano de 1911.

A conselho do rei de Inglaterra, B.-P. deixou a vida militar e passou a dedicar-se exclusivamente ao Escotismo. Por essa altura, casa-se com Olave St. Clair Soames, a qual se tornou um forte apoio no seu trabalho de desenvolvimento, quer do movimento escotista, quer do movimento guidista.

B.-P. imaginou então uma grande reunião, de amizade e fraternidade entre os escoteiros de todos os países. Esse sonho tornou-se numa certeza com a realização dos jamboris, isto é grandes acampamentos escotistas em que tomam parte escoteiros de todo o mundo. O primeiro realizou-se em Londres em 1920, tendo estado presente uma delegação dos Escoteiros de Portugal.

Nele, B.-P. viria a ser delirantemente aclamado «Escoteiro-Chefe Mundial», título que não voltaria a ser dado a qualquer outro dirigente do Escotismo. Foi uma resolução espontânea que a juventude tomou nessa célebre reunião, que a todos encheu de verdadeiro júbilo.

Outros Jamboris se lhe têm seguido, sempre com novos motivos de agrado e que são verdadeiros testemunhos do valor e do progresso do Escotismo. Ao mesmo tempo, o casal B.-P. empreendia viagens por quase todo o mundo, visitando os escoteiros e incutindo-lhes entusiasmo. Também Portugal teve o privilégio de receber, em duas ocasiões, os dois grandes chefes , em que lhes tributou calorosas ovações e lhes rendeu francas demonstrações de carinho.

Com 81 anos de idade, B.-P. sentiu que os seus dias chegavam ao fim. Por isso na companhia de sua mulher, na altura já chefe mundial das Guias, resolveu fixar-se em África, que tanto amara. Passou a viver no Quénia, onde viria a falecer, com quase 84 anos, em 8 de Janeiro de 1941. A morte vinha pôr termo à fabulosa existência de um dos grandes amigos da gente nova.